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e sim de D. Thomas Caetano de Bem, o qual quizera então occultar-se por certos respeitos pessoaes. Occupa a dita caria de pag. 177 até 199.

1816) Conjecturas de varios philosophos ácerca dos comelas, expostas e impugnadas. Lisboa, por Francisco Luis Ameno 1757. 4.° de vi-98 pag. com estampas.

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1817) Epithalamio ás felicissimas vodas do ex. sr. João Vicente de Saldanha e Oliveira com a ex." ma sr.a D. Maria Amalia de Daun. Lisboa, na Offic. Patriarchal 1769. 4.o de 7 pag.

1818) Megara: tragedia, que compoz conjunctamente com Domingos dos Reis Quita, e que se imprimiu em volume separado no formato de 8.o, de que vi ha muitos annos um exemplar; porém não o tenho presente agora, nem outro d'onde possa tirar mais precisas indicações.-No mesmo volume vem uma erudita e bem trabalhada Dissertação de Pedegache ácerca da tragedia em geral, e particularmente sobre o theatro grego. Da Megara (que anda tambem incluida nas Obras de Quita, tomo 1) diziam Pato Moniz e Costa e Silva ser ella «uma das melhores tragedias que a nossa litteratura possue».

1819) Resposta a carta que escreveu um anonymo, contra a que o sr. Domingos dos Reis Quita imprimiu na collecção das suas obras, etc. Lisboa, na Offic. de Miguel Manescal da Costa 1768. 8. de 126 pag.- O unico exemplar que d'ella vi até hoje, existe na livraria de Jesus.

1820) (C) Epitome da vida de Domingos dos Reis Quita. — Sahiu á frente das Obras do mesmo Quita, da edição de 1781, no tomo I, pag. 11 a 31.

1824) Do estado da Igreja, e poder legitimo do Pontifice Romano: resumo da excellente obra de Justino Febronio. que da lingua franceza traduziu na vulgar, etc. Lisboa, na Offic. Patriarchal 1770. 8. 2 tomos, o primeiro com xп-276 pag. e duas de indice. No principio vem uma prefação do traductor, em que dá razão da obra, e dos motivos por que emprehendeu esta versão. Por extemporaneo e alheio do meu proposito oinitto aqui tudo o que poderia dizer com respeito ao original traduzido.

É obra rara ha muitos annos, e de que difficilmente apparecem exemplares no mercado.

1822) (C) Novo Diccionario francez e portuguez. Lisboa, 1778. 4.-Varias vezes reimpresso.

1823) (C) Arte da guerra: poema composto por Federico II (sic) rei de Prussia, traduzido en verso portugues, e commentado com a doutrina dos mais insignes tacticos antigos e modernos. Lisboa, na Regia Offic. Typ. 1791. 4.° 3 tomos: o 1.o de xvi-305 pag. e uma estampa; o 2.o de 383 pag.; o 3.o de 460 paginas.

Esta versão feita em versos hendecasyllabos soltos, é escripta com elegancia, em linguagem correcta, e a metrificação sonora e cadente, merecendo por isso os louvores dos entendidos. Os commentarios são doutamente trabalhados. Do texte simples, isto é, sem commentarios, se fez nova edição, Lisboa, na Typ. Rollandiana 1814. 8.o de XVI-167 pag., addicionando-lhe o editor (de pag. 127 em diante) um Compendio das obrigações do soldado catholico ... desde soldado razo até o posto de general, obra de auctor anonymo.

Da Arte da guerra ha outra traducção, quanto eu posso julgar, incomparavelmente inferior. (Vej. no Diccionario, tomo Iv, o n.o J, 2572.)

Parece haver sido Pedagache quem, juntamente com um francez Paris (do qual não encontro mais alguma noticia), desenhou pouco depois do terremoto de 1755 as vistas de alguns edificios arruinados ou destruidos em Lisboa por aquelle phenomeno, das quaes se fez uma collecção composta de seis estampas gravadas em Paris, com frontispicio no qual se lê o titulo seguinte:

1824) Recueil des plus belles ruines de Lisbonne, causées par le tremblement et par le feu du 1er novembre 1753. Dessiné sur les lieux par MM. Paris et Pedegache, et gravé à Paris par Jacq. Ph. le Bas, 1.er graveur du cabinet du Roy en 1757. Repete-se o mesmo titulo em portuguez e francez. As seis gra

vuras comprehendem: 1.° A torre de S. Roque. 2.o Egreja de S. Paulo. 3.o Sé de Lisboa. 4. Theatro, ou casa da opera. 5.o Egreja de S. Nicolau. 6.o Praça da Patriarchal.

Poucas vezes se encontra de venda esta collecção, que vem accusada no Dictionn. Hist. Artistique do sr. C. Raczynski, a pag. 217 e 218.

MIGUEL VICENTE DE ABREU, Empregado na Secretaria do Governo geral da India portugueza, e natural, ao que parece, de Goa. Foi ultimamente condecorado com o grau de Cavalleiro da Ordem de Christo.

A seguinte resenha dos escriptos por elle compostos, ou dados ao prelo, é formada á vista de informação particular, que por um amigo me foi communicada, servindo-me tambem dos esclarecimientos que encontrei no Ensaio historico da lingua Concani do sr. conselheiro Rivara, pois que nenhum dos referidos escriptos tive até agora a possibilidade de ver.

1825) Bosquejo historico de Goa, escripto em inglez pelo reverendo Diniz L. Cottineau de Kloguen, vertido em portugues, e accrescentado com alguas notas e rectificações. Nova Goa, na Imp. Nacional 1858. 8. gr.

1826) Folhinha civil e ecclesiastica de Goa para o anno de 1850, segundo depois do bissexto, com varías noticias curiosas e uteis.a toda a sorte de pessoas. Ibi, 1849. 8.°

1827) Stabat Mater, vertido em lingua (concani?) e outras orações na mesma lingua, publicadas por M. V. de Abreu.-É um folheto de 32 pag. em 32.o, sem declaração de logar nem anno da impressão, mas impresso em Nova Goa, na Imp. Nacional 1855.-Diz-se que esta versão (em verso) é do P. Paschoal Dias, clerigo, natural de Carmona, na provincia de Salsete.

1828) Novas Meditações em lingua de Goa (concani) para visitar a viasacra. Nova Goa, Imp. Nacional 1856. 12.o de 32 pag. -Editor M. V. de Abreu. Diz-se que foi auctor d'estas Meditações o referido P. Paschoal Dias.

1829) Preparação da Oração mental, seguida de quinze mysterios do Rosario, e da Magnificat, e oração de S. Francisco Xavier. Ibi, 1857. 32.o de 32 pag. Pelo mesmo editor. A Preparação da Oração é a que foi approvada pelo arcebispo D. Fr. Manuel de S. Gualdino em pastoral de 26 de Outubro de 1813, vertida na lingua concani pelo sobredito P. Paschoal Dias.

1830) Cantigas pias, ou orações em versos da Virgem Maria nossa senkora, e da senhora Sancla Anna, em lingua concani, portugueza e latina. Segunda edição mais correcta e mutto augmentada pelo editor da primeira. Ibi, 1860? -A primeira edição é a que vai mencionada acima com o titulo Stabat Mater. 1831) Manual da missa e da confissão, e varias outras orações, publicadas por M. V. de Abreu. Ibi, 1860. 32.o

1832) Memorias ou trabalhos escholasticos do mez de Maio de 1847. Ibi ...

1833) MINERVA (A), ou jornal de illustração amena e proveitosa. N.o 1.o Maio 1836. Lisboa, na Imp. Imparcial 4.o de 66 pag.-N.o 2 Junho 1836. Lisboa, na Typ. Maigrense 1836. Prosegue a numeração do anterior, e finda na pag. 130. Interrompeu-se a publicação com o n.o 2. Foi seu redactor Joaquim José Pedro Lopes. (Diccionario, tomo IV, n.o J, 1746.) N'estes numeros se incluem, além de outras materias, dous escriptos posthumos de José Agostinho de Macedo, a saber: Censura da «Vida e obras da madre Sancta Theresa de Jesus» e O Preto sensivel, drama em verso.

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1834) MINERVA BRASILIENSE, Jornal de sciencias, letras e artes, publicado por uma Associação de Litteratos. Rio de Janeiro, Typ. de J. E. S. Cabral 1843-1844. 4. gr.

Começou esta publicação com o n.o 1.° em 1 de Novembro de 1843, e continuou sahindo regularmente dous numeros por mez. Cada semestre, ou doze numeros, destinavam-se a formar um volume, posto que a paginação do n.o 13.o

(o primeiro do volume 1) continuasse sobre a do numero antecedente, que findára na pag. 378. Alguns numeros sabiram acompanhados d'estampas. Creio que no formato de 4.° grande se publicaram os dous tomos I e II com 24 numeros; porém não ouso affirmal-o, pois vi e tenho apenas d'esta collecção, verdadeiramente importante, os n.os 1 até 21, comprados em Lisboa ha annos, e que bem fazem desejar a posse dos restantes.

São dignos d'estima estes volumes pela variedade e acertada escolha dos artigos, em que a redacção se esmerou por desempenhar do modo possivel o dictame horaciano

Omne tulit punctum qui miscuit utile dulci. »

A esse intento conseguiu a collaboração de alguns nomeados sabios e litteratos do Rio de Janeiro, de cujas pennas sahiram na maior parte as producções alli incluidas. Entre os nomes que subscreveram os artigos de prosa e verso, que formam aquelle abundante e instructivo repositorio, avultam os dos srs. Domingos José Gonçalves de Magalhães, Francisco de Sales Torres Homem, Francisco Bernardino Ribeiro, Francisco José Pinheiro Guimarães, Emilio Joaquim da Silva Maia, Januario da Cunha Barbosa, Joaquim Caetano da Silva, Joaquim Norberto de Sousa Silva, Manuel Joaquim da Silveira (hoje arcebispo da Bahia), Manuel Odorico Mendes, Manuel de Araujo Porto-alegre, Pedro de Alcantara Bellegarde, Sanctiago Nunes Ribeiro, etc. etc.

Substituida por outra, egual no titulo, mas diversa no formato e no plano, continuou ainda por algum tempo a publicação da Minerva, dirigida por Sanctiago Nunes Ribeiro, hoje falecido, do qual hei de tractar no logar que lhe compete. D'esta continuação possuo um exemplar, com que fui ha tempos presenteado por um dos meus obsequiosos correspondentes do Rio de Janeiro; porém affigura-se-me não estar elle completo, o que melhor poderá ver quem tiver opportunidade de conferir a descripção minuciosa que d'elle dou com algum outro exemplar, em que acaso se encontre o que n'este falta, segundo creio. Eis aqui o seu conteúdo:

1.° Minerva brasiliense. - Bibliotheca brasilica, ou collecção de obras originaes ou traduzidas de auctores celebres. Tomo 1. Uraguay, poema de José Basilio da Gama. Rio de Janeiro, Typ. Austral 1844. 8.0 gr. de 1-70 pag.

2. Minerva brasiliense. N.o 4.-Bibliotheca brasilica, etc. Tomo I. Do estado conjugal; discurso politico e moral de Feliciano Joaquim de Sousa Nunes, natural do Rio de Janeiro, e auctor de uma obra tão preciosa como rara, d'onde o extrahimos. O Morgado: conto phantastico de Ern. Theod. Guilherme Hoffmann. Rio de Janeiro, Typ. Austral 1845. 8. gr. de 45 pag.

3.o Minerva brasiliense. N.o 6.-Bibliotheca brasilica, etc. Tomo 1. O Morgado, conto phantastico de E. T. G. Hoffmann (continuado do n.o 4). Rio de Janeiro, Typ. Austral 1843. 8.o gr. de 56 pag.

4. Minerva brasiliense. N.o 8.-Bibliotheca brasilica, etc. Tomo 1. Cartas Chilenas. Rio de Janeiro, Typ. Austral 1845. 8.o gr. de 88 pag.

5.o Minerva brasiliense. Revista publicada de 15 em 15 dias-mensalmente (sic) por uma Associação de Litteratos. Volume 1. Segunda serie. N.o 1.—1.o de Agosto de 1845. Rio de Janeiro, na Typ. de Bintot. 8.o gr. de 314 pag., inclusive um indice alphabetico dos artigos conteúdos n'este volume, com o qual terminou definitivamente a publicação, como se mostra da despedida final do editor aos seus assignantes.

1835) MINERVA LUSITANA, ou rapsodia periodica de litteratura, sciencias e artes. N.o 1.o e 2.°-No formato de 4.o, sem folha de rosto, mas declara-se no fim ter sido impressa na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo. Não traz designação do anno, porém inducções provaveis levam a crer que sahira entre os de 1801 e 1803. Além dos referidos dous numeros, que terminam com a pag. 38 (havendo depois duas innumeradas, que contém advertencias

dos editores) appareceu ainda o n.o 3.o, no qual se continúa a mesma paginação, e acaba finalmente na pag. 68.

Esta publicação mensal, a que já tive occasião de alludir em varios logares do Diccionario (nomeadamente no tomo IV, a pag. 124 e 451), foi encetada sob a direcção de Antonio Patricio Pinto Rodrigues, e destinava-se, como consta do seu prospecto, «a annunciar todas as descobertas e melhoramentos, feitos assim nas sciencias abstractas como nas physicas, comprehendendo as memorias e noticias que se podessem adquirir, tanto das academias e sociedades nacionaes, como das estrangeiras», etc. Devia tambem incluir escriptos relativos á economia politica, agricultura e commercio; analyses, extractos e juizos criticos das obras que d'estes assumptos se imprimissem dentro e fóra de Portugal; poesias, discursos, contos e novellas moraes; e finalmente estampas coloridas das modas de Inglaterra e França, etc. O preço da assignatura era de 2:000 réis por anno, e a venda dos folhetos avulsos a 240 réis.

Falta de favor da parte do publico, ou outras causas ignoradas, fizeram que a empreza não passasse do terceiro numero. O que nos tres se inclue de maior importancia é um Systema universal e completo de Tachigraphia, ou methodo abbreviado de escrever, que comprehende 13 pag., além de xvII de Discurso preliminar, e seis estampas (o exemplar que possuo carece da primeira d'estas).

1836) MINERVA LUSITANA. Coimbra, na Real Imprensa da Universidade 1808-1809. 4.- Jornal de noticias politicas e militares, começado logo depois da expulsão do exercito francez de Portugal, e redigido por Fr. Fortunato de S. Boaventura. (Diccionario, tomo 11, n.o F, 347.)

1837) MINERVA LUSITANA.-Sem folha de rosto, nem mais declaração. Sahiram 4 numeros; a saber: Maio, Junho, Julho e Agosto de 1842. De 64 pag. de numeração seguida, no formato de 4. pequeno. -No fim de cada numero designa ter sido impresso em Lisboa, na Typ. de José Baptista Morando. Estes numeros são adornados com os retratos do infante sancto D. Fernando, D. Antonio Luis de Menezes, D. Francisco de Almeida, e D. Alvaro Vaz d'Almada, cujas biographias tambem alli se acham.

1838) MISCELLANEA, constando de peças ineditas, memorias, artigos de variedades instructivas e recreativas, e de varios outros objectos, pela Sociedade do Anomalo. Lisboa, na Typ. Carvalhense 1837. 8. gr.-Parou a impressão na pag. 48.

Sahiam conjunctamente com esta outras duas diversas collecções, cujos titulos eram:

1. Biographia Lusitana, ou quadro historico da vida e acções dos varões e donas illustres portuguezes, dividida em vinte volumes. Pela Sociedade do Anomalo. Tomo I. Ibi, na mesma Typ. 1837. 8. gr.-Chegou até pag. vi-50. A parte publicada contém as biographias d'el-rei D. Affonso Henriques, de D. Affonso 1.o Duque de Bragança, e o principio da de Diogo Cam, descobridor do Congo, acompanhadas todas de retratos lithographados.-Vej. o que digo no tomo IV, n. 2797.

2. Manual do cosinheiro e da cosinheira, contendo as receitas as mais simplices para ter boa meza com economia: seguido dos melhores preceitos para pastelaria e copa, etc. Pela Sociedade do Anomalo. Ibi, na mesma Typ. 1837. 8. gr. -Chegou até pag. Iv-44.

Conforme o programma dos editores, esta publicação devia ser feita de quinze em quinze dias, publicando-se simultaneamente as folhas que diziam respeito a cada uma das collecções em que se dividia. Provavelmente a falta de auxilio de subscriptores em numero sufficiente obrigou os editores a interrompel-a.

4839) MISCELLANEA CURIOSA E PROVEITOSA, ou compilação tirada das melhores obras das nações estrangeiras: traduzida e ordenada por C. J. Lisboa, na Typ. Rollandiana 1779 a 1785. 8.o 7 tomos.-Publicou-se d'esta collecção periodica um volume por anno, sendo editor o livreiro-typographo Francisco Rolland.

Comprehende muitos e variados artigos de artes, sciencias, agricultura, economia domestica; um longo discurso sobre a educação popular dos artistas e seu fomento: outro ácerca da Sociedade considerada no seu estado exterior: outro sobre a paixão do jogo; a Correspondencia de Sir Carlos Wolban com Sir Jorge Bedford, sobre assumptos scientificos, litterarios e moraes; e varias poesias portuguezas, na maior parte anonymas, entre as quaes se incluem algumas de Francisco Manuel, Francisco José Freire, Nicolau Tolentino, etc., que ahi sabira por primeira vez á luz e a Fabula de Orpheo e Eurydice, que se attribue ao professor Francisco de Sales, tido na opinião de muitos por brasileiro. (Diccionario, tomo III, n.o F, 1789.)

Advertirei de passagem, que as peças poeticas de Francisco Manuel conteúdas na Miscellanea differem não pouco das que elle proprio reproduziu nos seus folhetos publicados em París, e que foram por ultimo colligidas na edição geral das suas Obras feita no anno de 1817 e seguintes. A razão das variantes explica-se, a meu ver sufficientemente, pela circumstancia de que o editor Rolland se aproveitaria de algumas copias existentes em Lisboa de data anterior á forçada emigração do poeta em 1778, e cujos originaes este foi alterando ou corrigindo pelo tempo adiante, como e quando lhe pareceu.

Cabe tambem aqui uma pequena rectificação. Na pag. LXXII do Ensaio biographico-critico ácerca de Nicolau Tolentino, que o meu respeitavel amigo, o sr. José de Torres escreveu para a nova edição illustrada das Obras d'este poeta feita em 1861, cita-se a Miscellanea curiosa como impressa em 1799, quando a verdade é que o ultimo volume d'essa compilação periodica sahira em 1783, quatorze annos mais cedo.

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1840) MISCELLANEA HISTORICA E LITTERARIA. N.o 1.o Porto, Typ. da rua Formosa n.o 243, 1845. 8. gr.-Sob este titulo se promettia a publicação de varios opusculos interessantes, ainda ineditos, ou reimpressos de edições raras, distribuidos em volumes de 400 a 500 pag.»-Não sei porém que se imprimisse mais que o dito n.o 1.o, contendo a Parodia ao primeiro canto dos Lusiadas, da qual terei de falar adiante em artigo separado. Segundo uma advertencia dos editores, impressa nas capas que cubriam esse n.o 1., vê-se que ficavam destinadas para a sequencia dos numeros inmediatos:-1.o Miscellanea de Garcia de Resende, où chronica do seu seculo em quintilhas, annotada por J. G. M. (José Gomes Monteiro?)—2.o Livro da Noa, de Sancla Cruz de Coimbra, annotado. - 3.o Poesias de Pedro da Costa Perestrello, poeta do seculo XVI, mais digno de ser conhecido do que geralmente o é.-4. Diario da jornada que o Conde de Ourem fez ao concilio de Basilea, com notas historicas: interessantissima viagem no meiado do seculo xv. - 5.o «Damiani a Goes, Urbis Lovaniensis obsidio», curioso documento historico de grande raridade, em que o celebre chronista é ao mesmo tempo auctor e principal actor.-6.o Poesias de Fr. Agostinho da Cruz, ineditas.

Circumstancias ignoradas, ou antes o meu fado que de costume nos persegue, fizeram, ao que parece, abortar esta empreza que, a julgar pelo simples enunciado, seria de incontestavel proveito para philologos e curiosos.

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1841) • MISCELLANEA INSTRUCTIVA.-Em uma nota a pag. da Caria de Manuel Mendes Fogaça a seu amigo... sobre uma cousa chamada o «Observador» (vej. no Diccionario, tomo Iv, o n.o J, 2308), José Agostinho auctor d'essa carta, depois de produzir a resenha dos titulos de oito jornaes politicos, e vinte litterarios, publicados em Portugal durante o seculo passado,

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