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FR. LUIS DE GRANADA, Dominicano, nasceu na cidade do seu appellido em Hespanha no anno de 1504, porém passou em Portugal a maior parte da sua vida, e em Lisboa morreu a 31 de Dezembro de 1588. A sua biographia, acompanhada do retrato, póde ver-se na collecção dos Retratos e Elogios dos Varões e Donas etc., de Pedro José de Figueiredo. O P. João Baptista de Castro, fallando d'elle no Mappa de Portugal, tomo Iv, pag. 28, diz: «Podemos chamar-lhe nosso, porque entre nós viveu, ensinou e morreu. >> E comtudo o seu nome não figura na Bibl. Lus., d'onde foi excluido em razão de ser nascido fóra de Portugal (segundo o systema adoptado por Barbosa), embhora escrevesse em portuguez a obra seguinte, que é reputada classica em linguagem, além das numerosas que compoz em castelhano, e que omittirei por versarem sobre assumptos asceticos, sendo conseguintemente de pouco interesse para os leitores do Diccionario.

601) (C) Compendio da doctrina christãa recopilado de diversos autores, que desta materia escreverão, pelo R. P. F. Luyz de Granada, Prouincial da Ordem de S. Domingos. Acrecentarão se ao cabo treze Sermões das principaes festas do anno, pelo mesmo autor. Foy impresso em Lixboa em casa de Ioannes Blauio de Agripina Colonia. Anno 1559. 4.o de iv-174 folhas, no caracter chamado gothico. Os Sermões, que têem rosto e numeração separados, constam de III-50 folhas.

Esta edição é muito rara, e estimada. Creio que alguns exemplares se teem vendido pelo preço de 2:400 réis. Ha outra com o titulo conforme a primeira, Coimbra, na K. Offic. da Univ. 1789. 4.o de vш-384 pag., seguindo-se os Sermões com frontispicio separado, em 124 pag.-Joaquim Ignacio de Freitas (de quem tractei no logar competente) fez a esta edição uma extensa Advertencia, ou tabella de erratas, de 30 pag., a qual anda annexa a alguns exemplares, faltando em outros. Vej. o que digo no tomo IV, n.o 1607.

Antes d'esta ultima, havia sahido em Lisboa outra edição, com o fitulo seguinte:

Compendio da doutrina christă, composto pelo veneravel P. Fr. Luis de Granada; dedicado á Rainha mãe pelo P. José Caetano de Mesquita, prior de S. Lourenço, que o fez reimprimir para aproveitamento dos seus freguezes. Lisboa, na Reg. Offic. Typ. 1780. 8. de xx-648 pag.-Cortaram-se n'esta os treze Sermões, que nas outras se incluem, pelo que é entre todas a de menor estimação.

602) Introducção ao symbolo da fé, pelo V. P. Fr. Luis de Granada, traduzida em portuguez. Lisboa, 1780. 8. 2 tomos. -O P. Granada a deixou escripta em castelhano, bem como as seguintes, e muitas outras:

603) Guia de peccadores, e exhortação á virtude etc., traduzida em portuguez.-Vej. no Diccionario, tomo IV, o artigo P. Joaquim de Macedo, que foi o traductor, como lá se diz.

Conservo em meu poder um exemplar da primeira edição, assás rara, da obra Escada espiritual de S. João Climaco, que Fr. Luis de Granada traduziu em castelhano, impressa em Lisboa, 1562. 8.o Ñão me consta que fosse até agora vertida em portuguez.

LUIS GUILHERME PERES FURTADO GALVÃO, Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, e segundo creio, irmão de Januario Peres Furtado Galvão, de quem já fiz memoria em seu logar.-E.

604) Directorio para presto se achar nos vinte livros (que primeiro se publicaram) das obras do jurisconsulto Sousa de Lobão, a explicação, illustração e combinação de todos os titulos e §§ das Ordenações do Reino, e o que sobre elles discorre extensa ou brevemente o dito jurisconsulto. Lisboa, 1836. 4.o

LUIS IGNACIO HENRIQUES, que por tradição me consta fôra actor dramatico nos theatros de Lisboa.-E.

605) O rei justo vem do céo. Comedia composta no anno de 1782. Em versos octosyllabos. Manuscripto em 4.o, que conservo em meu poder.

LUIS INNOCENCIO DE PONTES ATAIDE E AZEVEDO, nascido ao que parece em Lisboa, no anno de 1812.-E.

606) A administração de Sebastião José de Carvalho e Mello, marquez de Pombal, primeiro ministro de S. M. F. o senhor D. José I, rei de Portugal. Traduzida em portuguez. Lisboa, 1841 a 1843. 8.° gr. 4 tomos, sendo o ultimo acompanhado da estampas, que representam as execuções do duque de Aveiro e mais individuos justiçados na praça de Belem em 1759.

O original francez d'esta obra, que tem por titulo: L'administration de Sebastien-Joseph de Carvalho et Melo, comte d'Oeyras, marquis de Pombal, etc. Amsterdam 1788. 8. gr. 4 tomos, com um retrato do marquez de gravura a buril, é precedido de uma peça, que falta em muitos exemplares, e foi tambem omittida na traducção portugueza. Intitula-se: Prospectus pour placer à la téte de l'ourrage intitulé: Administration du Marquis de Pombal; contenant les causes de la puissance et de la foiblesse du Portugal. Ouvrage preliminaire. A Amsterdam 1786. 8.o gr. de x11-108 pag.

Diz Barbier no Dictionnaire des Anonymes, tomo I, pag. 23 da 2.a edição, que fora auctor da referida obra Mr. Dezoteux, enviado de França na côrte de Portugal.

Não será talvez inutil advertir aos que o ignoram, que cumpre não confundir esta obra apologetica do ministerio do Marquez com outra, escripta em sentido contrario, tendo por titulo: Memoires de Sebastien-Joseph de Carvalho et Melo, comte d'Oeyras, marquis de Pombal, secrétaire de l'Etat, etc. Sem logar de impressão (porém consta ser estampada em Lyon) 1784. 8.° peq. 4 tomos. - É obra escripta em italiano, provavelmente pelos jesuitas, ou seus adherentes, e que se diz fôra traduzida para o francez por Gattel.

Tanto uma como outra obra são acompanhadas de peças ou documentos justificativos, entre os quaes se acham alguns importantes para a historia do tempo.

FR. LUIS DE JESUS, Augustiniano reformado, cujo habito recebeu a 34 de Janeiro de 1693. Foi Prior, e Visitador geral na sua congregação, etc.— N. em Cabrella, na provincia do Alemtejo, e m. no convento de Porto de Moz a 31 de Dezembro de 1742.-E.

607) Historia miscellanea, que comprehende a fundação dos religiosos descalços de Sancto Agostinho na villa de Santarem, etc. etc. Lisboa, por Pedro Ferreira 1734. 4.o de xxx11-439 pag.

É livro no seu genero abundante de noticias, comprehendendo além de outras, as vidas de muitos religiosos, e a narração de varios milagres, etc., etc. A locução e estylo são proprios do tempo em que seu auctor o escrevia. Não é vulgar. Preço dos exemplares de 600 a 800 réis.

. LUIS JOAQUIM DE ALMEIDA E ARNISAUT, Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, e natural da cidade da Bahia.-M. muito moço, a 30 de Septembro de 1850.-E.

608) Dissertação inaugural sobre a puncção da bexiga na ischuria visical, precedida de considerações sobre esta molestia. These, apresentada á Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, para ser sustentada em 18 de Dezembro de 1840. Rio de Janeiro, Typ. do Diario 1840. 4.° de 64 pag.

gr.

A Revista Medica Fluminense, tomo VI, pag. 645, qualifica este trabalho de bom entre os melhores que foram apresentados n'aquelle anno á Eschola de Medicina.

LUIS JOAQUIM DE OLIVEIRA E CASTRO, natural da cidade do Porto, e nascido à 19 de Outubro de 1826. Sahiu de Portugal para Allemanha

em 1837, e alli cursou os estudos preparatorios em varios collegios. Voltando á patria em 1842, matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, na qual tomou o grau de Bacharel em 1849, e o de Doutor no anno seguinte, entrando na classe de addido em 1.51. Circumstancias de familia o persuadiram a transferir-se para o Brasil em 1852, e occupa actualmente o cargo de Chefe de secção na Secretaria das Terras publicas na capital do imperio, achando-se naturalisado cidadão brasileiro, como lhe era mister para occupar tal emprego.-E.

609) Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas. Coimbra, na Imp. da Univ. 1850. 4.9 gr. de 38 pag.-Versa sobre o ponto: «Se nos termos da Carta Constitucional da monarchia portugueza, os ministros d'estado são responsaveis pelos actos do poder moderador?» Defende-se, que os actos do poder moderador são por natureza livres e arbitrarios, não induzindo responsabilidade alguma ministerial.-Conservo um exemplar, que me foi offertado da parte do auctor.

640) Capital, circulação e bancos, ou serie de artigos publicados no «Economista em 1845 sobre os principios da lei bancaria em 1844, e em 1847 sobre a crise monetaria e commercial d'este ultimo anno, seguida de um plano de circulação segura economica, por James Wilson... traduzida pelo dr. Luis Joaquim de Oliveira e Castro. París, Typ. de Simon, Raçon & C. 1859. 8. gr. de XXXII-369 pag.- No Rio, em casa do editor B. L. Garnier.

611) Tractado practico dos Bancos, por James William Gilbert...traduzido pelo dr. Luis Joaquim, etc. París, Typ. de Simon, Raçon & C.a 1859. 8.o gr. 3 tomos, com xv-243 pag., 352 pag. e 379 pag.-Vende-se no Rio, em casa do editor B. L. Garnier.

Achando-se ainda em Portugal, publicou em 1851 algumas poesias avulsas na Miscellanea poetica, impressa no Porto, as quaes vem no tomo II, a pag. 30, 39, 47, 69 e 83, com o nome de «Luis de Castro».

Consta-me que na mesma cidade se começou a imprimir em 1859 com o titulo Obras de Luis de Castro uma collecção das suas composições em prosa e verso. Estava ja n'esse anno quasi terminada a impressão do tomo 1; porém não posso dizer se foi, ou não, concluida.

Na Revista popular noticiosa, scientifica, industrial, etc., jornal illustrado, impresso no Rio de Janeiro, de que é editor o já mencionado sr. Garnier, e que entrou já no terceiro anno de sua publicação, contando impressos septe volumes até o fim de Septembro de 1860, vem assignados com o nome de « Luis de Castro » numerosos artigos d'este auctor, um dos mais assiduos collaboradores da empreza. Eis-aqui a resenha dos mais notaveis, segundo a ordem chronologica da publicação.

612) O Desertor: (pequeno romance) -No tomo 1, pag. 65 a 72.
613) 0 Eremita: (idein)-No tomo dito, pag. 34 (bis) a 38.
614) A morte de uma donzella: (poesia)-Idem, pag. 368.
615) Azares da vida: (narrativa)-Tomo 1, pag. 145 a 156.

616) Tudo no mundo é velho—A mulher-A mulher e sua condição nos differentes paizes: (variedades instructivas e litterarias)- Tomo dito, pag. 221, 298, 368.

617) Os livros-Celebreiras-Os larapios-Crenças populares - A belleza: (variedades critico-litterarias) -Tomo in, a pag. 148, 497, 32, 65, 366.

618) A filha de Affonso III: (romance historico)-Tomo dito, pag. 261, e 341; continuado no tomo Iv a pag. 13, 80, 156, 224, 277 e 373;-e no tomo v a pag. 33. Ahi conclue a pag. 45.

619) Beranger: (biographia)-Tomo IV, pag. 49 a 53.

620) Superstições e tradições-Morinifada-Cousas que vão pelo mundo : (variedades)-Tomo dito, pag. 24, 402 e 231.

621) O cambio: (economia-politica)-Tomo v, pag. 6.
622) O mar: (geographia)—Idem, pag. 199 e 277.

623) A navegação-Tomo vi, pag. 5 a 19.

624) As carruagens- A moda—Idem, pag. 93, 132.

625) Os balões—O outro mundo-Tomo VII, pag. 199, 223, 83.
626) O rei do Brasil: (romance)-Idem, pag. 267 e 336.

FR. LUIS DE S. JOSÉ, Franciscano da provincia dos Capuchos, na qual foi Provincial, tendo vestido o habito de S. Francisco em 18 de Septembro de 164.-Foi natural da villa da Castanheira, e m. no convento de Lisboa a 27 de Março de 1704.

São d'este padre as vidas de S. Pedro de Alcantara e Sancta Rosa de Viterbo, que andam no Flos Sanctorum de Fr. Diogo do Rosario (Diccionario, tomo in addicionado na edição de 1680, e nas que a esta se seguiram.

Deixou além disso impressos varios Sermões, que Barbosa menciona no tomo i da Bibl., mas que pelas razões dadas a pag. xxIx das Advertencias preliminares ao Diccionario, entendi não valerem a pena de augmentar com a enumeração d'elles e d'outros taes as paginas d'està obra, que podem applicar-se a cousas de maior utilidade litteraria.

LUIS JOSÉ BAIARDO, cuja naturalidade ignoro, nascido provavelmente por 1776, on pouco depois, e falecido não ha ainda muitos annos. Foi creatura e famulo do bispo D. Joaquim de Menezes e Ataide (Vej. o Diccionario, tomo Iv), o qual estando na ilha da Madeira o proveu no logar de Escrivão do Juizo Ecclesiastico d'aquella diocese. Vindo depois para Lisboa, passou o resto da vida empregado no serviço das emprezas theatraes do Salitre e rua dos Condes, para as quaes compoz e traduziu muitos dramas e comedias que se representaram; não faltando quem affirmasse que as chamadas originaes não eram suas, e sim do bispo Ataide, que tendo particular predilecção pelo theatro, e vendo-se pelo seu caracter inhibido de figurar como auctor, as cedia ao seu protegido, consentindo em que elle as inculcasse como de propria lavra. As que tenho visto impressas são apenas as seguintes:

627) Comedia magica, intitulada o Mouro de Ormuz, ou o poder da virtude. Ficção original, etc. Lisboa, na Imp. Lacerdina 1826. 8.o de 446 pag. 628) Miguel Valadomir elevado ao throno de seus maiores: drama em tres actos. Lisboa, 1829. 8.o

629) O Marquez de Pombal, ou o terremoto de 1785: drama em cinco actos. Lisboa, 1838, 8.o

630) Hariadan Barba-roxa: drama, traduzido livremente, etc. Lisboa, 1838. 8.°

631) Christierno, rei de Dinamarca, viajando incognito pelos seus estados, ou a constancia e heroismo de uma mulher: drama em tres actos. Lisboa, Typ. de J. A. S. Rodrigues 1844. 8.o de 86 pag.-Esta é uma das peças que nomeadamente se attribue ao bispo Ataide.-Ha uma segunda parte, que julgo não chegou a imprimir-se.

Baiardo publicou tambem com o seu nome o seguinte opusculo, que não deixa de ser curioso para a historia do tempo:

632) Carta escripta a um sujeito da provincia da ilha da Madeira, ou o londum dos bordões, que tocou Sebastião Xavier Botelho, com variações compostas por Luis José Baiardo: ou desforra das invectivas que contra elle escreveu o dito Botelho na sua «Historia verdadeira dos acontecimentos da ilha da Madeira, etc.» Lisboa, na Offic. de Antonio Rodrigues Galhardo 1821. 4.o de 33 pag. (Vej. Sebastião Xavier Botelho.)

Das pecas dadas para o theatro em seu nome, e que ficaram manuscriptas, occorre mencionar aqui: o Templo da Innocencia, Figaro, o Delator, Alberto 1.o, o Caminho escuro, etc.

Tambem em 1838 redigiu um periodico semanal de que saíram alguns numeros, com o titulo Atalaia dos theatros, etc.

LUIS JOSÉ CORRÊA. (V. Antonio Corrêa de Lemos.)

LUIS JOSÉ DA CUNHA, de cujas circumstancias pessoaes me faltam por agora informações. — E.

633) Dissertação sobre o strabismo e myotomia ocular.—Foi publicada no Archivo Universal, tomo II, saindo successivamente a pag. 199, 217, 231, 296, 311, 325, 341 e 357.

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LUIS JOSÉ JUNQUEIRA FREIRE, nascido na cidade da Bahia em 31 de Dezembro de 1832, e filho de José Vicente de Sá Freire e de D. Felicidade Augusta Junqueira. Concluidos na mesma cidade os estudos preparatorios, pretendeu seguir a vida monastica, e vestiu o habito de monge benedictino em 10 de Fevereiro de 1851, professando em Março do anno seguinte com o nome de Fr. Luis de Sancta Escholastica. Não tardou em reconhecer os inconvenientes de um estado, para que lhe falecia de todo a vocação, e apressou-se a sair do claustro, mediante o necessario breve de secularisação que impetrou, e lhe foi conferido em 1854. Pouco depois, uma hypertrophia de coração o roubou á sua familia e aos seus amigos em 24 de Junho de 1855. Ingenho de subidos quilates, talento natural fecundado pela arte, viveu em annos tão curtos quanto bastou para deixar de si honrosa memoria na posteridade. Ao menos é esta a opinião de seus patricios, que a podem ter no assumpto. Vej. para sua biographia e apreciação das suas obras um trabalho do sr. dr. Cincinnato Pinto da Silva, publicado nos Annaes da Academia philosophica, Rio de Janeiro 1858, n.os 3, 4 e 5 sob o titulo: Vida do poeta bahiano Luis Junqueira Freire; um Ensaio critico do sr. Antonio Joaquim de Macedo Soares, inserto no Atheneu Paulistano (1859), reproduzido nos n.os 256 e 257 do Correio Mercantil do Rio de Janeiro, de 19 e 20 de Septembro do mesmo anno; outros artigos analyticos, que sob a rubrica Inspirações do claustro etc. saíram na Actualidade, jornal politico e litterario do Rio, n.o 59 e 61 de 17 e 21 de Dezembro de 1859, attribuidos ao sr. dr. Bernardo Joaquim da Silva Guimarães; e finalmente a noticia historica e critica, que escreveu o sr. dr. João Manuel Pereira da Silva na Revista trimensal do Instituto, vol. xIx, a pag. 425 e seguintes.

A obra de Junqueira Freire, na qual se firma a sua reputação de grande poeta, intitula-se:

634) Inspirações do claustro, por Junqueira Freire. Bahia, Typ. de Camillo de Lellis Masson & C. 1855. 8.° gr. de Ix-234 pag.

Dos trinta e seis trechos lyricos comprehendidos n'este volume, recommendam-se por melhores no sentir dos criticos, o Monge, o Jesuita, Fr. Bastos, A meu filho no claustro, Pedido, Meditação, Flor murcha no altar, A Freira, Ella, Os claustros, etc.

635) Hymno da cabocla.- Appareceu pela primeira vez no n.o 1.o da Revista Mineira, dando-se ahi como uma poesia inedita de Gregorio de Mattos. Porém os pensamentos, a linguagem e a propria metrificação estavam bem longe de abonar de verdadeira similhante paternidade. Tudo denunciava uma concepção genuina do seculo XIX, inspirada pela revolução de 1848 em França e em Pernambuco. Ultimamente esta poesia acaba de ser inserta nas Harmonias brasileiras, volume dado á luz pelo sr. Antonio Joaquim de Macedo Soares (S. Paulo, 1859) a pag. 127, acompanhada de uma nota a pag. 142, que esclarece cabalmente este ponto.

Consta que Junqueira Freire, além de varias outras poesias publicadas em diversos periodicos, deixára ineditos dous poemas: o Padre Roma (incompleto), e Deltinha: Fr. Ambrosio, drama; e um Tractado de Eloquencia nacional.

Permitta-se que antes de fechar este artigo transcreva aqui o conceito que acerca de Junqueira Freire, e da sua obra exprimiu um dos seus biographos e admiradores:

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As Inspirações do claustro, e suas outras producções nacionaes, ou para

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