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4916) A Sociedade dos Amigos das Letras e Artes em S. Miguel. Pontadelgada, Typ. do Correio, 1849. 4.o de 27 pag.-0 auctor d'este relatorio era então primeiro secretario da Associação: tambem por algum tempo professou no seu seio um curso de geometria practica.

4917) Viagens no interior da ilha de S. Miguel.- (Foi a primeira parte da collecção que começou a publicar sob o titulo de Ensaios.) Ponta-delgada, Typ. de Castilho 1849. 4.o de 94 pag.

4918) Bento de Goes-pequenos quadros romanticos. (Foi a segunda parte dos Ensaios.) Ponta-delgada, Typ.'da Sociedade Auxiliadora das Letras Açorianas, 1854. 4.o de 46 pag.

4919) Vantagens que convidam ao estabelecimento de uma fabrica de fiação e tecidos de algodão em Alcobaça. (Sahiu anonymo.) Lisboa, Typ. do Progresso, 1854. 4. de 14 pag.

4920) O que é a guerra do Oriente? Discurso traduzido do francez, de Victor Hugo. Lisboa, Typ. do Progresso 1855. 8.o de 16 pag. (Sem o nome do traductor.)

4921) Melhoramentos industriaes e agricolas de Alcobaça. Lisboa, Typ. de Castro & Irmão 1858. 4.o de п-15 pag., com uma planta topographica lithographada.

4922) Crises alimenticias. Causas — remedios. — Discurso pronunciado em 1 de Dezembro de 1856 no Centro promotor dos Melhoramentos das classes laboriosas. Lisboa, Typ. de Castro & Irmão 1857. 4.o de 19 pag.

4923) Tudo no mundo é comedia. Comedia em tres actos. Lisboa, Typ. do Panorama 1860. 8.o gr. de iv-55 pag.

4924) Já viu o cometa? Comedia em um acto. (É o n.o 5 da 2.a serie do Theatro para rir.) Lisboa, Typ. de M. da Madre de Deus 1860. 8.o de 31 pag. 4925) Lendas peninsulares. Lisboa, Typ. Universal 1861? 8.o 2 tomos de cerca de 300 pag. cada um. Estão a sair do prélo, sendo editor d'esta publicação e das duas precedentemente notadas o sr. Antonio Maria Pereira.

Collaborou no Almanach rural dos Açores para 1851, mandado publicar pela Sociedade promotora da Agricultura michaelense. (Ponta-delgada, Typ. de Albergaria e Valle 1850. 8.)-e no Almanach democratico para 1855, quarto da collecção publicada por José Felix Henriques Nogueira (Lisboa, Typ. do Progresso 1854. 8.°)

Do que tem publicado em jornaes são de mais algum alcance os trabalhos seguintes:

4926) Padroado portuguez no Oriente. - No jornal a Patria 1856, n.o 39 e 50.-Estes artigos escriptos com vehemencia desusada, a proposito da invasão do nosso padroado na Asia pelos vigarios apostolicos, pouco agradaveis deviam ser á Curia Romana, e a seus agentes. O ministerio publico accusou o auctor por abuso de liberdade de imprensa: disse-se que era a satisfação que o governo mandava dar ás queixas do nuncio apostolico, hoje cardeal Di Pietro. Caracteres mui distinctos nas letras, e na politica, quaes os srs. Herculano, Marreca, Rebello da Silva, Antonio de Serpa, etc., correram espontaneamente n'um eloquente protesto a subscrever as proposições incriminadas, pedindo ser admittidos a participar da responsabilidade do jornalista accusado. O horisonte d'esta discussão apparecia tenebroso. Pelo mesmo meio com que se conjurára a tormenta a esconjuraram. Um largo e fundamentado despacho do juizo, não achou motivo para a pronuncia, e o ministerio publico não appellou d'este despacho.

4927) Portugal na exposição universal de Paris:

4928) Caminho de ferro a Badajoz:

4929) Minas em Portugal:

4930) Interesses açorianos:

4931) Reforma municipal:

D'estas series de artigos, a primeira sahiu na Revista Peninsular, tomo 1—

a segunda e terceira no Jornal do Commercio de 1857 Futuro de 1858.

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4932) Instrucção elementar.- No Panorama, 1853.

e as duas ultimas no

4933) Originalidade da navegação do Oceano atlantico septentrional, e do descobrimento de suas ilhas pelos portuguezes no seculo XV.-É uma memoria dividida em quatro partes, inserta no Panorama, 1853 e 1854.

4934) Fastos açorianos. - No mesmo jornal, 1856.

4935) Diluvio de luz:

4936) Espantosa innundação do mar :

4937) A Flora.

4938) Alda:

-Sahiram estas tres no Panorama, 1857.

4939) Constancia de Jesuita. - Ambas na Illustração Luso-brasileira, volume 1.

4940) Reinado de D. Affonso VI.-É uma epanaphora historica, em que estão dia a dia, e hora a hora registados todos os actos, principalmente domesticos, d'aquelle malfadado principe, até á epocha da sua annullação politica, sobretudo no periodo em que foi casado, e mais se conspirou, tanto da sua parte como da de seu irmão, o infante D. Pedro.

D'esta obra tem-se já publicado fragmentos na Illustração Luso-brasileira, vol. II; no Archivo Universal, vol. 11; e no Archivo pittoresco, I e II volumes. 4941) Açores.

4942) Olho por olho, dente por dente.

4943) Rei ou impostor?

494) Fernão de Magalhães.

4945) Vasco Lopes, mestre de S. Tiago,

4946) D. Antonio, prior do Crato. É um estudo historico ácerca do infeliz competidor de Filippe II, na accessão ao throno de Portugal, vago pela morte do cardeal-rei. Resultado de investigações de muitos annos, ha motivo para esperar que seja, quanto ser possa, a têa mais completa d'aquelle grande e infausto drama. O fragmento, ou summario, que de parte da obra se tem publicado, encontra-se, bem como as series dos ultimos cinco artigos antecedentemente numerados, nos volumes do Archivo pittoresco.

Desde 1843 se consagra ao estudo, e investigações da historia das ilhas dos Açores. Para isso tem minado os mais importantes archivos locaes, o archivo nacional da Torre do Tombo, e algumas bibliothecas nacionaes e estrangeiras. É com o que n'esta campanha de quasi dezoito annos tem alcançado, que for

mnou a sua:

4947) Collecção de Variedades Açorianas (já mencionada n'este Diccionario, tomo 1, pag. XVII).

Composta de impressos e manuscriptos, póde reputar-se collecção especial unica, que todos os dias sobe em valor mediante novas acquisições, e que já ascende a cerca de 200 volumes de todos os formatos, desde o in-8.° até ao fol. max. A parte impressa conta já umas 700 obras de maior ou menor tomo, todas concernentes a uma ou mais especies historicas d'aquellas famosas e importantissimas ilhas portuguezas, sem lhe faltarem mappas, retratos, vistas, etc. e uma collecção completa de todos os jornaes hitterarios, noticiosos, ou politicos, publicados n'aquellas terras insulares desde que n'ellas foi introduzida a imprensa. A parte manuscripta, que já conta mais de 20 volumes de folio grande, comprehende obras ineditas, originaes ou apographas; documentos na integra; e excerp tos das obras nacionaes ou estrangeiras em que, só incidentemente, se tracta materia açoriana.

Póde dizer-se que nada ha acerca dos Açores que n'estas Variedades não esteja archivado ou apontado; ao passo que n'ellas se encontram muitas cousas geralmente desconhecidas, e entre ellas uma obra, que bem póde julgar-se exemplar unico, porque não ha bibliographia que a aponte, sendo em vão procurada em algumas bibliothecas de Hespanha;-obra notavel para portuguezes e hes

panhoes, porque versa sobre importante assumpto da historia peninsular. Eis fielmente copíado o seu titulo, contido n'uma portada gravada em madeira:

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Não tem logar da impressão, nem nome do impressor; mas mostra ser impressa em Lisboa, onde foi para isso licenceada em 5 de Novembro de 1582. O auctor d'este poema epico em septe cantos, e em outava rima, fôra testimunha ocular da maior parte das cousas que relata, porque fazia parte das forças castelhanas. Para dar uma amostra da obra, transcrever-se-ha a sua primeira estancia:

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Começada, e continuada a principio por mera curiosidade, e para estudo particular, a collecção de variedades açorianas fez depois nascer no seu possuidor a idea de aproveitar tão variados e amplos subsidios, escrevendo uma Historia geral dos Açores, com plano inteiramente novo, fundada e comprovada com documentos, muitos d'elles quasi desconhecidos. Effectivamente fez o delineamento da obra, e classificou os materiaes. A materia de que deve compor-se o primeiro volume está ordenada: faltam-lhe apenas as ultimas correcções. A dos seguintes (que talvez não possam ser menos de cinco), ir-se-ha successivamente apurando, como o tempo e outras mais imperiosas obrigações o consentirem. Em conclusão ficará aqui registado um facto illustrado e patriotico, que tem estreita relação com este objecto. A Camara municipal de Ponta-delgada sabendo d'estes trabalhos concernentes á historia do patrio archipelago, espontanea e unanimemente resolveu ajudar a empreza, prestando-se a contribuir para ella com a importancia da despeza que se fizesse na publicação do 1.o volume. (Vej. o Archivo universal, tomo I, pag. 24.)

Foi tal demonstração sobre maneira honrosa e lisonjeira, e tanto mais de agradecer quanto menos sollicitada da parte do escriptor michaelense, a quem de certo não faleceriam outros meios para dar á estampa o seu trabalho. Recommendavel pelo assumpto, e abonado o desempenho pela já provada sufficiencia do auctor, a obra terá infallivelmente de ser bem acceita ao publico,

que, segundo parece, não esperará por muito tempo a apparição do começo da Historia geral dos Açores.

D. JOSÉ DE URCULLU, Cavalleiro da Ordem de Christo, Socio correspondente da Real Sociedade Geographica de Londres, das de París e Rio de Janeiro, etc.- Foi natural de Hespanha, e serviu militarmente a sua patria durante a guerra peninsular. Perseguido depois por opiniões politicas, refugiou-se em Portugal, onde casou. M. a 8 de Junho de 1852.-Além de varias obras que escreveu em hespanhol, as quaes pelos assumptos são em tudo extranhas a este Diccionario, escreveu a seguinte em lingua portugueza:

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4948) Tractado elementar de Geographia astronomica, physica, historica ou politica, antiga e moderna. Tomo 1. Porto, na Offic. de Alvares Ribeiro 1835. 8. gr. - Tomo II. Ibi, Typ. Commercial Portuense 1837. 8.o gr. Tomo II. Ibi, na mesma Typ. 1839. 8. gr. com estampas. No fim tem um indice dos logares e rios mencionados nos tomos I e III, que occupa 491 9 pag.

Esta obra obteve notaveis elogios nas folhas periodicas, por occasião da sua publicação. Vej, principalmente a Revista Estrangeira, n.o 2, de Maio 1837.

O primeiro volume sahiu em segunda edição, e alguem diz que em terceira. Os tomos segundo e terceiro não consta que até agora fossem reimpressos.

4949) Grammatica ingleza para uso dos portuguezes, reduzida a vinte e septe lições. Lisboa, 1830. 4.o de vIII-296 pag. Segunda edição, consideravelmente accrescentada e corregida. Porto, Typ. Commercial 1848. 4.o de x-364 pag.-Terceira edição (com as mesmas declarações da segunda). Ibi, na mesma Typ. 1853, 8.0 gr. de 359 pag. Esta ultima sahiu posthuma.

Na segunda e terceira edições acha-se a seguinte notavel advertencia, cujo conteúdo infelizmente é verdadeiro, achando-se Constancio incurso no plagiato que com razão se lhe attribue:

Com a data de 1837 e de outros annos posteriores, o livreiro Aillaud publicou em París um livro intitulado: O novo Mestre inglez, ou Grammatica da lingua ingleza para uso dos portuguezes, ensinada em vinte e cinco lições. Rerista, corregida e accrescentada por F. S. Constancio. Esta Grammatica é uma cópia exacta da que publicou D. José de Urcullu em Lisboa em 1830, excepto a pagina do frontispicio: e isso que se diz de revista, corregida e accrescentada é uma impostura para illudir os leitores, e fazer crer que é uma grammatica original do sr. F. S. Constancio, auctor do Diccionario critico e etymologico da lingua portugueza!!»

4950) Cathecismo da doutrina christa, explicado por D. Santiago José Garcia Mazo, magistral na sé de Valhadolid. Porto, 1848. 8. gr.- Segunda edição. Ibi, Typ. Commercial 1851. 8.o gr. de xxII-397 pag. e mais uma com a errata.

4951) O livro dos meninos, por D. Francisco Martinez de la Rosa, traduzido da 16.a edição. Porto, 8.o de xvI-144 pag.-O traductor addicionou á versão de pag. 133 em diante um succinto esboço geographico de Portugal. Custa a crer, como sendo versadissimo em geographia, escreveu a pag. 143 que no Gaviarra, na serra de Suajo, no Minho, se conserva a neve intacta nos doze mezes do anno, sendo isto uma inexactidão notoriamente sabida!

Quanto às suas Lecciones de moral, virtud y urbanidad, vai mencionada a versão portugueza feita por Francisco Freire de Carvalho no artigo relativo a este escriptor.

JOSÉ VALERIO CAPELLA, Professor das linguas ingleza e franceza no Lyceu Nacional de Braga, desde a creação d'este estabelecimento. - N. em Condeixa a nova, bispado de Coimbra, em 1802. — E.

4952) Epitome da Grammatica franceza, recopilado dos melhores auctores. Braga, Typ. Lusitana 1856. 8.o

4953) Novo Curso pratico, analytico, theorico, e synthetico da lingua in

gleza; vertido do francez e applicado ao portuguez por Antonio Francisco Dutra e Mello, e João Maximiano e Mello Mafra. Rio de Janeiro. Reimpresso, e consideravelmente augmentado, corregido e alterado. Braga, Typ. Lusitana 1853. 4.0

4954) Ensaio philologico sobre a similhança, derivação e orthographia da maior parte dos vocabulos das linguas latina, ingleza, franceza e portuguesa, ou methodo facilimo de aprender sem grande trabalho qualquer das ditas linguas. Braga, Typ. Lusitana 1856. 8.o de 15 pag.

4955) Novo Diccionario inglez e portuguez, com a pronuncia figurada. Braga, Typ. União 1860. 8.°- Acha-se no prélo, e já impressas algumas folhas. No Supplemento haverá occasião de tractar mais extensamente d'esta obra, e da sua execução e utilidade, se estiver para então já completa, como é de esperar.

D. JOSÉ VALERIO DA CRUZ, Presbytero da Congregação do Oratorio, e Bispo de Portalegre, eleito segundo creio em 1799- N. na villa da Covilha a 19 de Novembro de 1749, e m. a 17 de Julho de 1826. Em 1822 foi eleito deputado substituto ás Côrtes ordinarias, juntamente com o P. José Agostinho de Macedo, pelo circulo eleitoral de Portalegre: porém nenhum d'elles teve occasião de tomar assento no congresso, por não occorrer vagatura nos proprietarios.

Foi elle que em 1783 dirigiu e preparou a segunda edição, feita n'esse anno, do Cathecismo Romano, como já declarei no tomo II, a pag. 71; e passados trinta e quatro annos mandou fazer d'elle terceira edição, á sua custa, a qual sahiu com o titulo seguinte:

4956) Cathecismo para uso dos parochos; feito por auctoridade e decreto do Concilio Tridentino, publicado por mandado do SS. P. Pio V, traduzido em portugues. Nova edição, revista, mais bem ordenada, augmentada com os summarios dos capitulos, e um indice geral das materias; e expurgada de um grande numero de phrases, que pela sua antiguidade e desuso faziam já pouco agradavel a lição de um livro tão excellente. Por um dos mais dignos prelados do reino. Lisboa, na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira 1817. 8.o

D'esta edição, de que ainda não tive presente algum exemplar, me communicou a noticia o sr. dr. Rodrigues de Gusmão.

4957) Camões defendido, o editor da edição de 1779, e o censor d'esta julgados sem paixão; em uma carta dada á luz por Patricio Aletophilo Misalazão. Lisboa, na Regia Offic. Typ. 1784. 8.-V. acerca d'este opusculo os artigos P. José Clemente, e P. Thomas José de Aquino. N'elle se tractou a materia com verdadeira imparcialidade e conhecimento de causa, combatendo sisudamente as emendas ineptas que o primeiro propunha, e confirmando as que estavam no caso de ser adoptadas em alguns logares da edição censurada.

Este pequeno trabalho sobra para justificar a opinião dos que tinham a D. José Valerio em conta de bom philologo e judicioso critico. Consta que concorrera com auxilios e conselho para a edição das Poesias de Antonio Diniz da Cruz, pelo que declara o editor Trigoso no tomo v, a pag. xx.

Não sei que deixasse alguma obra impressa com o seu nome: e se imprimiu outras anonymas, tambem não vieram ao meu conhecimento.

JOSÉ VALERIO VELOSO, Cavalleiro da Ordem de Christo, Conego da Real Collegiada de Barcellos, etc.-Obrigado a seguir o exercito francez em 1809, para escapar ás furias populares, que pretendiam assassinal-o com o titulo de jacobino, retirou-se para Hespanha, è de lá para França onde permaneceu até 1821.-E.

4958) Memoria dos factos populares na provincia do Minho em 1809; onde foram sacrificados os chefes do exercito, e outras muitas pessoas mercantes. Superviveu á tormenta onde pereceram alguns de seus parentes, José Valerio Veloso.

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